Aproveitando
estas coisas novas tecnológicas, recebi este domingo 12 de outubro, as leituras
da Missa, sendo um domingo ordinário, o seja, nem Nossa Senhora do Pilar (avocação
que celebramos na Espanha) nem Nossa Senhora Aparecida, ou qualquer celebração
especial, mas, o que se diz em liturgia, Vigésimo Oitavo Domingo do tempo
Comum, do Ciclo A.
No
Evangelho (Mt 22, 1-14) é a pergunta: Como foi que você entrou aqui sem o traje
de festa?
Quando eu
li isso, eu me concentrei em que a frase e me perguntei: Qual é o traje de
festa? Depois de passar algum tempo pensando e tentando responder a essa
questão, eu continuei lendo porque neste e-mail vem também um pequeno
comentário.
Não sei se
é pela graça, inspiração ou coincidência, concordou que a reflexão escrita pelo
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), respondeu-me a essa pergunta. Parte de seu comentário eu
vou compartilhar.
Qual é o traje de festa do que fala o
Evangelho? Certamente, este traje é uma coisa que só têm os bons, aqueles que
estão a participar na festa... Será que são os sacramentos? É o batismo? Sem o
batismo ninguém se aproxima a Deus, mas alguns recebem o batismo e não vêm a
Deus... É o altar ou o que é recebido do altar? Mas receber o Corpo de Cristo,
alguns comem e bebem a sua própria condenação (1Cor 11,29). O que é então? O
jejum? Os maus também jejuam. Serão os que vão à Igreja? Os maus vão à igreja
como outros...
Qual é então este traje de festa? O apóstolo
Paulo nos diz: "O propósito dos mandamentos é o amor que procede de um
coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera" (1 Tm 1,5). Este
é o traje de festa. Este não é um amor qualquer, porque muitas vezes eles são
homens desonestos amam os outros... mas não vemos neles esta caridade ",
que nasce de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera";
pois esta caridade é o traje de festa.
Depois de
reconhecer que o traje de festa, o amor é, imagino como que é.
Não tem que
ser chamativo, porque os compromissos que eu faço, como resultado do amor, não
faço para chamar a atenção, mas faço com sinceridade.
O fato que “o traje seja despercebido”, não significa que ele tenha menos
valor.
Deve ser cómodo, que eu me sinta confortável com
ele, com o que eu faço. Quando me sinto incómoda com a roupa, não volto
vesti-la ou me sacrifico às vezes. O verdadeiro compromisso não é pontual, mas
constante. Há muitas maneiras e ações com as quais eu posso expressar o amor.
Seria impossível se eu comprometer a todas as coisas. Só tenho de agir no que
me sinto confortável, capaz de fazê-lo.
Alguns de
vocês dirão: mas o vestido de noiva... é só para casamentos! Não é para todos
os dias! E eu me pergunto: Quem tem dito que não possa ser uma roupa para os
outros dias? Não são "esquemas" que criamos, segundo a nossa economia
ou nosso status tem ido para cima? Quando a nossa situação era mais humilde, íamos as festas de casamento
com roupa nova -quem podia-, mas simples para seguir usando os demais dias do
ano. Para não ficar a roupa "pendurada" no armário.
Agora, eu não
vejo mais qualidades deste traje. Mas, certamente, conforme o tempo passa, eu
vou reconhecer alguma outra qualidade, para viver mais intensamente o casamento
que o Senhor me convida.