Quando eu
li, outras vezes, o texto do cego, cujo nome é Bartimeu (Marcos 10, 46-52), eu
me concentrei em que pela fé ele conseguiu ver. Mas esta vez, eu não sei por
que, o que mais me chamou a atenção foi a imagem dos discípulos de Jesus.
Eles,
quando Bartimeu gritou: "Filho de Davi, Jesus, tem misericórdia de
mim." Muitos repreendiam para que se calasse. Mas quando Jesus parou e
disse: "Chamem-lhe", eles chamaram o cego, dizendo: "Coragem,
levanta-te." Sua resposta parece ser contrariada, mas não me contradigo, às
vezes, eu mesma?
Como uma
cristã comprometida, devo seguir a Jesus, transmitir o Evangelho do amor, ser
"mediadora", como Jesus foi, transmitindo o amor do Pai. É verdade mas,
eu sou sempre mediadora? Ou isso desde o lado oposto: eu não sou um obstáculo, às
vezes, alguém que impede ver o amor do Pai a outras pessoas?
Não é
comum, mas às vezes eu acho que eu me contradigo.
Quando pelo
cansaço, pelo dia mau, pela mania ou por muitas outras razões eu não escuto a
uma pessoa em necessidade, eu não lhe ajudo apesar de ter possibilidades, não
lhe convido para se encontrar com o Pai na capela, paróquia, grupo, sabendo que
isso vai ser bom para ela... eu estou agindo negativamente como muitos desses
discípulos.
Meu desejo
é que o Senhor me ajude a responder a esse mandato "Chamem-lhe" para
que, com esse ânimo que eu após lhe transmita, possa saltar de alegria e até
seguir o caminho de Jesus, como Bartimeu.
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