Ao ler o Evangelho de hoje que eu li tantas vezes, mas nem
sempre chego a entender na minha própria vida, eu me concentrei em algumas
frases:
Os empregados lhe perguntaram: “Queres que arranquemos o joio?” O
dono respondeu: “Não. Pode acontecer que, arrancando o joio vocês arranquem
também o trigo. Deixem crescer um e outro até a colheita. E no tempo da
colheita direi aos ceifadores: arranquem primeiro o joio e amarrem em feixes
para ser queimado. Depois recolham o trigo no meu celeiro.”
E eu pensei que
dentro de mim eu tenho trigo e joio. Vinha-me à mente essa imagem que significa
que cada boa pessoa tem algo errado e toda pessoa mala tem alguma coisa boa.
Se me tirassem o
joio, ou melhor dito, para tirar o meu joio, eu tenho que tirar minha vida, tenho
que morrer -embora seja muito forte a expressão- porque não há nenhuma pessoa
perfeita e, eu não vou ser mais. Até eu morrer, eu tenho dentro de mim trigo e
joio, coisas boas e ruins, entrega e preguiça, dedicação e egoísmo...
O que eu posso tentar
fazer é crescer mais o trigo que o joio, ter mais atitudes e fatos de partilha
e serviço de entrega em vez de egoísmo e preguiça, para ser servido (Mt 20,
28), de compaixão e não de ser frio (Lc 6, 36), de ternura e não de dureza (Jr
31, 20), de amor -com tudo o que ele compromete- e não de ódio. (1Jo 4, 8).
Quando eu
morrer, o Pai vai me tirar a minha parte negativa e vai queima-la. Na sua
presença não há pecado; lá junto com Ele, sim que vou ser perfeita, porque eu
vou ter atingido minha vida plena.