NOSSOS DEVERES

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a sua casa. Por isso, estai vós também preparados, porque na hora em que menos pensais, virá o Filho do homem. Quem é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua casa, para lhe dar o alimento em tempo oportuno? Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar procedendo assim. Em verdade vos digo que lhe confiará a administração de todos os seus bens. Mas se o servo for mau e disser consigo: ‘O meu senhor demora-se’, e começar a espancar os companheiros e a comer e beber com os ébrios, quando o senhor daquele servo chegar, em dia que ele não espera e à hora que ele não pensa, expulsá-lo-á e lhe dará a sorte dos hipócritas. Aí haverá choro e ranger de dentes». (Mt 24, 42-51)

Quem é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua casa, para lhe dar o alimento em tempo oportuno? Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar procedendo assim. 

Nós sabemos que a gente tem direitos. É verdade. Mas não nos devemos esquecer que também temos deveres.

Não falo de deveres de fazer alguns trabalhos, mas de atitudes como por exemplo: o respeito com as pessoas. E as atitudes não temos só em alguns momentos, mas todas as horas do dia, todos os dias do ano.

Senhor, eu quero "vigiar" para não me esquecer das minhas obrigações como cidadã que sou e como cristã.
Peço a você que me avise, me ajude a ser consciente quando eu olvidar ou "modificar" incorretamente as minhas verdadeiras atitudes cristãs, que transmito na minha vida de cada dia.

AS APARÊNCIAS ENGANAM

"Por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e maldade". (Mt 23, 28)

Há um dito que é: as aparências enganam.
Há pessoas que o que aparentam, não é o que na realidade sente e faz. Quando estas pessoas estão diante de algumas outras, dona coisas a alguém, mas si não  a vê ninguém , reage diante dos pobres com indiferença. Também alguns doam, humilhando às pessoas necessitadas, culpando-as, explotando-as com a desculpa que a tem doado alguma coisa.

Senhor, quero ser sincera como Jesus com o que digo é faço, com o que sinto é vivo em qualquer momento da minha vida, com as minhas palavras e meu testemunho.

OMISSÃO DAS COISAS MAIS IMPORTANTES DA LEI

"Omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade!" (Mt 23, 23)

Sim, às vezes omitimos o maus importante da Lei, por exemplo: somos fiéis indo à Eucaristia, mas nos esquecemos do vizinho que mora sozinho, está doente, e não lhe acompanhamos em nenhum momento, nem lhe fazemos pequenas ajudas que para ele são um "tesouro", uma necessidade.

Para vivermos verdadeiramente a Eucaristia, para sermos verdadeiros cristãos, tem que levar-nos a concretizar o amor do Deus no que nós acreditamos, em fatos concretos na nossa vida.

Obrigada, Senhor, por seu coração misericordioso.
Meu desejo é que, com sua ajuda, concretize com fidelidade o amor, auxiliando as pessoas que vivem alguma dificuldade.

A FORÇA DO ESPÍRITO SANTO

"O nosso Evangelho vos foi pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção". (1Tes 1, 5)

Não houve palavras vazias, sem vida, sem força... sem testemunha como às vezes acontece que falam muito, mas não fazem nada.

Jesus, o mesmo que seguidores de ele como São Paulo e muitas outras pessoas anônimas, só conhecidos no seu município, todo o que predicaram tinha força do Espírito Santo pois, o plasmaram, o testemunharam na sua própria vida.

Senhor, que o Espírito Santo continue me ajudando a testemunhar com minha vida tua Palavra.

ORAÇÃO DO EVANGELHO DO DIA

“Não façais como eles, pois dizem e não fazem”. (Mt, 23, 3)

“O maior dentre vós será vosso servo”. (Mt 23, 11)

Temos que ser fiéis ao que nos comprometemos e a viver este serviço com humildade, sem "engrandecermos" pelo que fazemos, comportando-nos e sentindo-nos como uma pessoa mais.

Jesus, apesar do que era, vivia humildemente servindo, dando a vida, testemunhando com sua vida tudo o que pregava.

Senhor, peço-lhe que me chame a atenção a seu jeito, quando eu esqueça de comprometer-me, ou não o faça desde o serviço, desde a humildade.

DÍA DE SÃO BARTOLOMEU

Hoje, dia no que toda a Igreja lembramos a o apóstolo São Bartolomeu, temos na liturgia o evangelho de São João 1, 45-51. E tenho começado a oração repetindo a frase: 
"Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré?" (João 1, 46)

Aqui se vê também que marginalizavam pessoas, não somente por doenças, trabalhos, mas também pelo município de onde eras. Jesus não é de diferente raça nem província mas, é de um município "insignificante" que por esse mesmo fato é marginalizado.

Mas, depois de dialogar Natanael com Jesus, de escutar que é valorizado, que tem confiança em ele é igual de mais coisas que não estão escritas, muda sua opinião e lhe reconhece como Filho de Deus: 
Falou-lhe Natanael: "Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel". (João 1, 49)
Daqui me fico com duas conclusões:

1) Jesus nos compreende quando, por diferentes motivos, somos rechaçados, porque ele também o sofreu.

2) O acercamento, o diálogo com a pessoa rechaçada, pode mudar o que pensávamos dela pois, às vezes, somos nós os que rechaçamos.

Senhor, tenho me sentido compreendida por Você quando tenho sido rechaçada por diferentes causas. Meu desejo é tratar com amor a qualquer pessoa mas, lhe peço que, si alguma vez rechaço a alguém, me lembre que não devo fazê-lo.

NÃO CONTRATASTE COMIGO UM DENÁRIO?

A frase que, às vezes, vêm a minha cabeça é:

"Não contrataste comigo um denário?" (Mt 20, 13)

Sim, é verdade que nós nos ajustamos a um denário. Mas nossa justiça, minha justiça, não é como a de O Senhor. Para nós é justo que paguem o salário segundo as horas e responsabilidades que tenha trabalhado. E para o Senhor, sua justiça é pagar com o que a pessoa precisa, que pode que esse dia seja uma outra cosa, pois a necessidade é diferente.

Eu confio -o mesmo que os trabalhadores da segunda vez que foi em diante

O denário, o salário para viver justamente um dia, qual é hoje para mim? Que preciso?

Minha necessidade neste momento é espiritual. Preciso o “alimento” de cada dia, para seguir renovando e atualizando meu compromisso. Hoje, não preciso nenhum “alimento extra”; com o denário trabalhando todo o dia, com todo o calor do dia, posso; não preciso nada mais. Mas, há uns outros dias que não posso trabalhar tanto tempo nessa situação e ele  segue me pagando o que preciso, mas de um jeito diferente porque é diferente o que preciso.

Eu confio -o mesmo que os trabalhadores da segunda vez em diante- em que Ele vai me pagar o devido, o adequado. O mesmo que Ele confia em que eu vou fazer o que Ele me pede, o melhor que eu posso.

Senhor, aqui estou.
Obrigada por “alimentar-me” neste tempo de oração, para poder levar a cabo a missão que Você tem me encomendado.
Obrigada por confiar Você em mim.

NAS LEITURAS DE HOJE

Nas leituras de hoje, sinalizo várias frases:

"O Senhor está contigo, valente guerreiro!"  (Juízes 6, 12)

"Ó Senhor, respondeu Gedeão, com que livrarei eu Israel? Minha família é a última de Manassés, e eu sou o menor na casa de meu pai. O Senhor replicou: Eu estarei contigo e tu derrotarás os madianitas como se fossem um só homem." (Juízes 6, 15-16)

"Todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna." (Mt 19, 29)

O Senhor está comigo, está com você, está conosco e encoraja-nos a seguir o seu chamado.

Às vezes, pensamos que esse compromisso não é dirigido a nós, porque somos os mais insignificantes, aqueles que são "menos valiosos" ... não nos sentimos cómodos capacidade. Mas Ele nos encoraja insistindo que Ele estará comigo, com você, com todos nós.

A resposta geralmente envolve "despojar-nos" de coisas que são de grande valor para nós, às vezes mesmo despojarnos das pessoas - mesmo que pareça forte é a expressão-. Não quero dizer que vamos abandoná-los, esquecê-los, mas mudar sua "relação" com eles, como quando dois jovens se casam, como seu relacionamento com seus pais muda.

Essa mudança que primeiro nos custa, nos ajuda a responder com mais liberdade, de uma maneira melhor.

Senhor, o mesmo que Pedro e muitas outras pessoas, também quero deixar tudo e seguir você.
Obrigado por estar sempre comigo, ajudando-me a responder o seu chamado.

ORAÇÃO DO DIA

"Se alguém me quer servir, siga-me".
Senhor, você diz: "quem quiser ". Você nos dá a liberdade para nós responder-lhe.

Senhor, eu que. Quero seguir-lhe todos os dias da minha vida.

A ORAÇÃO HABITUAL EN MIM

Como é habitual en mim, eu comecei o dia com o Evangelho. Centreime no texto que tenho escrito e depois terminei fazendo uma pequena oração, que sei que con sua ajuda vai se realizar.

Mt 14, 27-31: Mas Jesus logo lhes disse: Tranqüilizai-vos, sou eu. Não tenhais medo! Pedro tomou a palavra e falou: Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti! Ele disse-lhe: Vem! Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus. Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me! No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste?

Senhor, você sempre me diz: Vem, sem ter que pedir eu que você me chame. Se eu me animo para dar o primeiro passo, para caminhar para você, às vezes sinto um medo que me paralisa.

Sempre que eu caminho para você, há sacudida de olhas, porque você está com os pobres e desfavoráveis; não posso vê-lo, sem ver eles; não posso ir para você, esquecendo-me deles.

O medo ao fracasso, à fatiga, ao que falarão do que eu faço, do que fazemos este pequeno grupo...
É a violência que há onde menos esperas, qualquer hora do dia!

Apesar de tudo, quero responder a seu chamado, porque sei que sempre que eu precise, você vai-me estender a mão, vai-me animar a seguir adiante, vai-me acompanhar  no caminho.e quero fazê-lo em comunidade, como você ensinou pois, deste jeito nós nos ajudamos a caminhar para você.

A LIBERDADE

Depois de eu ter lido o Evangelho de hoje, vi um pequeno comentário de São Pedro Damián, no que estava escrita esta frase:

São Joan Batista renuncia ao direito de sucessão do sacerdócio do seu pai para poder anunciar, com toda liberdade, ao verdadeiro e soberano Sacerdote.

E eu penso 

• ·         Às vezes por seguir tendo um título, poder, desistimos de fazer o que realmente gostamos, nos atrai, ao que nos sentimos chamados, motivados... Renunciamos a nossa liberdade.
•  ·         Às vezes, para sentirmos incluídos, não excluídos da sociedade, renunciamos a pensar, a refletir, para ser uma maneira mais "confortável" de vida, com menos "esforço" ... mas ... nós renunciamos a nossa liberdade de pensamento.

Depois de um breve silêncio, eu lembro uma frase que temos em nossa espiritualidade das Filhas da Cruz: Em resposta a este chamado, livremente e por amor, nós escolhemos para viver o Evangelho, seguindo Jesus.

Então, eu quero renunciar dessas tentações de "conforto", de "nenhum esforço" que, ao longo prazo negam a minha liberdade, e viver livremente e por amor, o chamado que eu sinto, o chamado de seguir a Jesus, apesar das dificuldades e os esforços que levem.

O TESOURO ESCONDIDO

Hoje: "O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo: aquele que o encontra, o esconde de novo, cheio de alegria, vai vender tudo o que tem e compra o campo".

Depois de reler, a minha primeira impressão é que ele é egoísta, porque o esconde de novo, isto é, não quer que ninguém o veja, para comprar ele o terreno onde está e, assim, ficar-se com o campo.

Embora também possa ser que ele pensa que se outra pessoa o encontrasse, pode tirá-lo e não compartilhá-lo. E se ele esconder, depois de compra a terra, pode voltar a sacá-lo e compartilha-lo.

Eu não sei qual é razão real. O que é verdade é que vende tudo o que tem para comprar a terra que tem o tesouro, ou comprar a pérola.

E a comida, a casa... que são essenciais para os seres vivos? Essa alegria tão forte por encontrá-lo, não tem deixado pensar sobre as consequências de fica-se sem nada do que tinha? Eu não acho que nada mais comprar a terra, comece a vender o tesouro ou a pérola para obter mais lucro. Pelo menos, ele não disse nada disso. Ele se despojou de tudo, para ficar-se com as coisas de grande valor, mas ficou "pobre" também.

O que é certo, é que ele fez uma mudança completa na sua vida e isso me lembra um pouco da minha história e mais seguro do que também de muitas outras pessoas.

No início, quando eu comecei a questionar-me entrar em uma congregação, a motivação era a "minha" felicidade. O compromisso como leiga não terminou me enchendo. Ao mesmo tempo, eu duvidava em saber responder a este apelo. Mas tudo parecia em primeiro lugar, para meu benefício, como uma maneira de me realizar. Até certo ponto, a minha resposta era muito egoísta.

Depois de anos já na congregação, em determinadas situações não iria responder a determinadas chamadas, se eu seguiria respondendo desse jeito. Eu estaria tranquila em casa descansando ou passeando pela rua. Eu responderia a minha congregação falando que: "Eu não vou me comprometer a essa missão." Ou no momento de chamar uma mulher, que fala pelo menos uma hora, não abriria a porta, porque não há sinais de que eu esteja na casa.

Mas não. Eu me comprometo em ouvir a pessoa, porque o olhar de como e de onde fazer as coisas mudaram. O que no início era para me realizar, era para "minha" felicidade, agora é para a felicidade dos outros. O pequeno despojo que eu tinha menor desapropriação material e a grande mudança de como viver minha vida diária, foi mudando por dentro, e fez as minhas preferências materiais fossem outras. Eu tive que trabalhar para obter essas coisas necessárias para viver, porque eu só tinha terra, mas nenhuma casa, e compartilhar o tesouro, a pérola, que é o amor de Deus.