martes, 25 de febrero de 2014

FILME "O ANEL DE TUCUM"

Neste momento, escrevo onde está o filme O anel de tucum. Aqui está bem expressado o que significa leva-lo na mão. Este anel não é uma coisa decorativa, mas um compromisso como já escreve no meu primeiro comentário, dando sentido ao nome deste blogger.


Dou graças a Pedro Casaldáliga e outras muitas pessoas que dedicam e dão sua vida em favor da justiça e da dignidade da gente marginalizada.

http://youtu.be/55blfFGeyPc

domingo, 23 de febrero de 2014

NEGUE-SE A SI MESMO, TOME A SUA CRUZ E ME SIGA

Lendo o Evangelho do dia sexta-feira, eu me concentrei em esta frase:

Então Jesus chamou a multidão e os discípulos. E disse: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.

Na verdade, eu gosto de como está escrito no Evangelho de Lucas:

Depois Jesus disse a todos: «Se alguém quer seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-Me.

Lucas enfatiza a cruz "todos os dias." Mas vou começar desde o início, isto é, "negue-se a si mesmo." É verdade que é em algumas Bíblias com a palavra "renuncie" o que parece ser um pouco mais suave, mas na prática se reflete da mesma forma. Mas o que isso significa? O que envolve na minha vida esse "recusar"? Como é "traduzida"?

Essa renúncia pode ser refletida nos momentos que eu me privar de algo que eu gostaria de fazer, para fazer algo que os outros querem. Ás vezes eu passo meu tempo, o que poderia ser chamado de folga, para visitar os doentes. Certamente não é sempre um esforço e nem mesmo pode ser chamado de renúncia, porque é algo que eu gosto. Mas nem sempre o que eu quero fazer, nesse momento, porque eu posso estar cansada ou posso ter o desejo de fazer outra coisa e, de qualquer maneira, eu vejo que a coisa certa é fazer esta visita por causa da situação que estão vivendo, o tempo desde a última visita ou por outros motivos que dão mais urgência para assumir esse compromisso.

Essa fatiga, esse desejo de fazer outra coisa, essa preguiça, esse egoísmo que, como  pessoa que sou, eu tenho algo e, às vezes que eu deixo dirigir-me por ele... são as cruzes diárias que me paralisam e me fazem reagir às vezes como São Paulo (Rm 7, 19): “Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero”.  Estas cruzes que, por vezes, desencorajam-me e até me faço questão se não melhor "jogar a toalha", “tirar a renúncia de mim", “parar de me organizar” estas visitas, muitas vezes, para ajudar a acompanhar a situação de que determinada pessoa ...

Também há outras cruzes como: doenças, fortes situações em família ou entre amigos, problemas financeiros, momentos de dor ... Mas, pessoalmente, neste momento eu não tenho de tomar essas cruzes que não significa que não aconteceu.

Mas focando na minha realidade pessoal, eu não posso negar que o Espírito está presente para me ajudar a renunciar ou a "me levantar do chão", me ajudando a superar esse desânimo para seguir Jesus.

Vem-me à mente um dia especial na minha vida, que é o dia em que eu professo meus primeiros votos como Filha da Cruz. Foi o 14 de setembro de 2003. O ano, não é importante. O que importa é o dia comemorado como "A Exaltação da Santa Cruz." Lembro-me muito bem que na congregação me perguntaram qual era o dia gostaria de professar e por quê. Eu respondi que nesse dia, porque no meio da cruz, eu conheci a Cristo.

Sim, é verdade. No meio da cruz, das dificuldades da vida, Cristo na paróquia me acolheu como eu sou, pelos amigos que eu estava tomando lá, dos quais, muitos deles me ajudaram nos meus momentos difíceis. O Espírito estava presente através deles e levou-me a dedicar minha vida aos pobres e necessitados, aos crucificados.


Eu agradeço a Deus pela experiência. É só pedir a Ele para continuar a ajudar-me a renunciar e levar a cruz de cada dia, para eu poder segui-lo livremente e por amor.

miércoles, 19 de febrero de 2014

POR QUE CHAMAR O BLOGGER “O ANEL DE TUCUM”?

A história é cerca de vinte anos atrás.

Eu não posso dizer a data exata, mas em 1994 ou 1995, eu me senti chamada a viver uma Páscoa mais intensa e lembrava quando que eu estava no grupo de crisma, todos os jovens íamos para viver estes dias com os catequistas e o padre, em uma quinta alogada.

Eram dias intensos de reflexão e oração, que por várias razões, e tendo passado tempo da última vez que participe destas Páscoas, eu senti a necessidade de reviver aqueles dias importantes de nossa fé, com uma força especial.

Por esta razão, eu me juntei a Páscoa Juvenilque organizaram os Missionários Combonianos. Teve lugar em Palencia (Espanha). E "anel de tucum" fez parte de uma delas.

Eu me lembro como se fosse ontem. Depois de orar, celebrar a fé, a partilha de vida, refletir sobre Quinta-feira Santa, Sexta-Feira Santa e Sábado Santo, Domingo de Páscoa os missionários nos deram como lembrança este anel. Mas também nos falaram do seu significado.

Mais recentemente, a utilização do anel de tucum foi resgatada por fiéis cristãos, especialmente adeptos da teologia da libertação, com o objetivo de simbolizar a "opção preferencial pelos pobres", especialmente por fiéis católicos após as Conferências Episcopais de Medellín e de Puebla.

Embora o anel de tucum, tenha sido originalmente criado para simbolizar o matrimônio entre escravos e índios, atualmente, em meios cristãos, o anel é usado para representar a preocupação com causas populares, e pela igualdade.

Naquele momento, a última coisa que eu pensava era ser eu religiosa e ainda ser destinada ao Brasil. Mas aconteceu, está acontecendo cada dia que vivo, e eu sou feliz por isso.


Daqui do Brasil, de uma forma mais concreta do bairro Vista Alegre de Belo Horizonte (Minas Gerais), escrevo e compartilho estas linhas, tentando manter o compromisso de lutar pelos pobres, dentro das limitações que eu tenho, mas com alegria, esperança e a chamada que eu sinto, pelo fato de morar perto da gente pobre, simples e comprometida em favor do outro, apesar de viverem na pobreza.