A história é cerca de vinte anos atrás.
Eu não posso dizer a data exata, mas em 1994 ou 1995,
eu me senti chamada a viver uma Páscoa mais intensa e lembrava quando que eu
estava no grupo de crisma, todos os jovens íamos para viver estes dias com os
catequistas e o padre, em uma quinta alogada.
Eram dias intensos de reflexão e oração, que por
várias razões, e tendo passado tempo da última vez que participe destas Páscoas,
eu senti a necessidade de reviver aqueles dias importantes de nossa fé, com uma
força especial.
Por esta razão, eu me juntei a Páscoa Juvenilque
organizaram os Missionários Combonianos. Teve lugar em Palencia (Espanha). E
"anel de tucum" fez parte de uma delas.
Eu me lembro como se fosse ontem. Depois de orar,
celebrar a fé, a partilha de vida, refletir sobre Quinta-feira Santa,
Sexta-Feira Santa e Sábado Santo, Domingo de Páscoa os missionários nos deram
como lembrança este anel. Mas também nos falaram do seu significado.
Mais recentemente, a utilização do anel de tucum
foi resgatada por fiéis cristãos, especialmente adeptos da teologia da libertação, com o objetivo de simbolizar a "opção
preferencial pelos pobres", especialmente por fiéis católicos após as
Conferências
Episcopais de Medellín e de Puebla.
Embora o anel de tucum, tenha sido originalmente
criado para simbolizar o matrimônio entre escravos e índios, atualmente, em
meios cristãos, o anel é usado para representar a preocupação com causas
populares, e pela igualdade.
Naquele momento, a última coisa que eu pensava era ser
eu religiosa e ainda ser destinada ao Brasil. Mas aconteceu, está acontecendo cada
dia que vivo, e eu sou feliz por isso.
Daqui do Brasil, de uma forma mais concreta do bairro
Vista Alegre de Belo Horizonte (Minas Gerais), escrevo e compartilho estas
linhas, tentando manter o compromisso de lutar pelos pobres, dentro das
limitações que eu tenho, mas com alegria, esperança e a chamada que eu sinto, pelo
fato de morar perto da gente pobre, simples e comprometida em favor do outro,
apesar de viverem na pobreza.
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