domingo, 23 de febrero de 2014

NEGUE-SE A SI MESMO, TOME A SUA CRUZ E ME SIGA

Lendo o Evangelho do dia sexta-feira, eu me concentrei em esta frase:

Então Jesus chamou a multidão e os discípulos. E disse: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.

Na verdade, eu gosto de como está escrito no Evangelho de Lucas:

Depois Jesus disse a todos: «Se alguém quer seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-Me.

Lucas enfatiza a cruz "todos os dias." Mas vou começar desde o início, isto é, "negue-se a si mesmo." É verdade que é em algumas Bíblias com a palavra "renuncie" o que parece ser um pouco mais suave, mas na prática se reflete da mesma forma. Mas o que isso significa? O que envolve na minha vida esse "recusar"? Como é "traduzida"?

Essa renúncia pode ser refletida nos momentos que eu me privar de algo que eu gostaria de fazer, para fazer algo que os outros querem. Ás vezes eu passo meu tempo, o que poderia ser chamado de folga, para visitar os doentes. Certamente não é sempre um esforço e nem mesmo pode ser chamado de renúncia, porque é algo que eu gosto. Mas nem sempre o que eu quero fazer, nesse momento, porque eu posso estar cansada ou posso ter o desejo de fazer outra coisa e, de qualquer maneira, eu vejo que a coisa certa é fazer esta visita por causa da situação que estão vivendo, o tempo desde a última visita ou por outros motivos que dão mais urgência para assumir esse compromisso.

Essa fatiga, esse desejo de fazer outra coisa, essa preguiça, esse egoísmo que, como  pessoa que sou, eu tenho algo e, às vezes que eu deixo dirigir-me por ele... são as cruzes diárias que me paralisam e me fazem reagir às vezes como São Paulo (Rm 7, 19): “Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero”.  Estas cruzes que, por vezes, desencorajam-me e até me faço questão se não melhor "jogar a toalha", “tirar a renúncia de mim", “parar de me organizar” estas visitas, muitas vezes, para ajudar a acompanhar a situação de que determinada pessoa ...

Também há outras cruzes como: doenças, fortes situações em família ou entre amigos, problemas financeiros, momentos de dor ... Mas, pessoalmente, neste momento eu não tenho de tomar essas cruzes que não significa que não aconteceu.

Mas focando na minha realidade pessoal, eu não posso negar que o Espírito está presente para me ajudar a renunciar ou a "me levantar do chão", me ajudando a superar esse desânimo para seguir Jesus.

Vem-me à mente um dia especial na minha vida, que é o dia em que eu professo meus primeiros votos como Filha da Cruz. Foi o 14 de setembro de 2003. O ano, não é importante. O que importa é o dia comemorado como "A Exaltação da Santa Cruz." Lembro-me muito bem que na congregação me perguntaram qual era o dia gostaria de professar e por quê. Eu respondi que nesse dia, porque no meio da cruz, eu conheci a Cristo.

Sim, é verdade. No meio da cruz, das dificuldades da vida, Cristo na paróquia me acolheu como eu sou, pelos amigos que eu estava tomando lá, dos quais, muitos deles me ajudaram nos meus momentos difíceis. O Espírito estava presente através deles e levou-me a dedicar minha vida aos pobres e necessitados, aos crucificados.


Eu agradeço a Deus pela experiência. É só pedir a Ele para continuar a ajudar-me a renunciar e levar a cruz de cada dia, para eu poder segui-lo livremente e por amor.

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