miércoles, 14 de mayo de 2014

A VOCAÇÃO

Seja por lembranças de datas específicas ou estar perto do quarto domingo de Páscoa, o dia do Bom Pastor, que também comemorado em muitos lugares o dia das vocações, agora está me dando voltas à mente a palavra "vocação".

Primeiro eu olhei no dicionário a palavra, e eles foram os seguintes definições:

1. Inclinação que se sente para alguma coisa. = PROPENSÃO, TENDÊNCIA

2. Disposição natural do espírito. = ÍNDOLE

3. Inclinação para a vida religiosa.

A coisa é que, estas definições são insuficientes, para expressar o que uma pessoa sente.

É verdade que muitas vezes, quando ouvimos esta palavra, se relacionam com uma pessoa que está se preparado para ser ou já é padre, religioso ou religiosa. Mas não é verdade. Todos nós temos um chamado e todos são importantes. O que temos a fazer é "descobri-lo" discerni-lo.

Algumas pessoas,  ainda novas, jê têm clara a sua vocação e outros precisam de mais tempo para discernir.
Mas há uma outra questão a ser respondida, dentro deste tema, o que é a que, pessoalmente, eu faço todos os dias. A questão é como? Como devo ser religioso ou religiosa? Como posso me tornar um padre? Como devo ser um pai ou a mãe ou a família? Como devo ser solteira ou solteiro?

Esse compromisso, não só o dia da celebração é feito, se é feito "oficialmente". O compromisso é renovado a cada dia. Com o tempo, as situações estão mudando e o compromisso não muda, mas a forma de realizá-lo.

Um jovem casal recém-casado não vai viver ou expressar seu amor da mesma forma quando você está velho. Se o casal tem filhos, o compromisso da paternidade pode ser alterado para ser avós. E isso é a mesma coisa com outras vocações, apesar de serem muito diferentes e não vão mudar o seu "título", como pais para avós.

E falando de títulos. A minha vocação é ser Filha da Cruz, isto é, eu sou um religiosa que eu pertenço a esta congregação, a esta família religiosa.

O IV Domingo de Páscoa, dia do Bom Pastor, ou melhor, na véspera do Bom Pastor, mas naquela tarde que, como de costume, se celebrou a Eucaristia do domingo, eu celebrei meus votos perpétuos, dito de outro jeito, meu compromisso definitivo como Filha da Cruz. Isto eu celebrei quatro anos atrás.

Às vezes não me vêm à mente as palavras que o padre Vicente Pedrosa disse em sua homilia:

Jesus é o Pastor dos pastores que assiste, acompanha, conduz as ovelhas do seu rebanho, ele chama-los pelo nome, dá um som alegre para a caminhada do grupo, pessoalmente atende as cansadas, cura às feridas, dá carinho às recém-nascidas, conforta às doentes, ausente apenas do rebanho ... para procurar a perdida e devolvê-la ao rebanho, e, finalmente, leva todas aos campos ricos... e desfruta  observando-as todas seguras, tranquilas e felizes. Irmãos e irmãs, de uma forma ou de outra, nós todos experimentamos estas boas maneiras, essas delícias de Jesus, o nosso Bom Pastor.

A verdade é que eu, em algum momento, eu era uma ovelha perdida, e ele veio até mim, me senti acolhido por ele e depois eu senti a sua chamada. Sou grato pela sua confiança e sua misericórdia. Mas eu também peço que me dê a graça de responder a como: como ser uma Filha da Cruz, hoje, neste momento, com a situação da minha congregação, minha paróquia, minha família e as pessoas ao meu redor.


E você sabe o que a sua vocação? Como você a vive hoje?

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