sábado, 25 de junio de 2016

SERMOS PROFETAS

Nestes dias, há uma palavra que está continuamente no meu pensamento: PROFETA.

Várias vezes, em pequenos comentários e reflexões, eles dizem que temos de ser profetas. É verdade, mas: o que é ser um profeta? O que implica este compromisso?

Coincidindo com a leitura do livro: Introdução ao Novo Testamento escrito por José Luis Sicre, há alguns capítulos que escreve dos profetas. Uma das coisas que me impressiona é que ele não sabe como defini-los porque não há nenhum modelo de profeta "fixo". Como ele diz:

Curiosamente, não é fácil de definir ou descrever o que é um profeta. E a dificuldade vem das mesmas tradições bíblicas e dados que fornecem os livros proféticos. Porque revelam que o personagem não é cortado do mesmo padrão, idênticos em todos os aspectos da sua personalidade, seu negócio ou sua mensagem.

Em outra parte está escrito que dependem: do tempo dedicado à vida profética, da maneira em que eles entraram em contato com Deus, do jeito de transmitirem a mensagem e o papel que desempenham na sociedade.

É verdade que há profetas que não estiveram muito tempo nesse papel e outros estiveram toda uma vida. Aqui eu posso ser tentado a dizer que vou ser um profeta os últimos anos da minha vida, mas quando serão os últimos anos? Eu sei quando vou morrer? Não sei. Então, eu não sei quando começar.

O contato que tiveram com Deus é muito pessoal, muito diferente em cada um deles, o mesmo que é também o meu muito pessoal.

Da forma de transmitirem a mensagem, eu não sei o que dizer. Apesar de ter criado este simples Blogger, eu não sou uma pessoa que expresso facilmente. Eu escrevi isso na minha pequena apresentação da página. Além disso, não é o mesmo escrever sozinha, com tempo, para ser capaz de voltar a ler e corrigir, que ter que me expressar na frente das pessoas, tanto quanto eu teria preparado. Eu não sou normalmente uma pessoa de muitas palavras. Meu linguagem é mais com gestos então, porque alho que é o melhor jeito de me relacionar com doentes ou pessoas que precisam de ser ouvida pela situação que estão vivendo.

O meu papel, em poucas palavras, é transmitir amor, especialmente ao necessitado, ao crucificado de hoje. Mas eu não reclamo a justiça das pessoas com as que eu tenho relação e carecem dela. Eu me sinto frágil, impotente, e só vejo a força em uma associação ou organização que a tenha. Sim que apoio às campanhas para a vida, para a justiça.

Vem à minha mente Pedro Casaldáliga, o Santo Oscar Romero. Eu não sou nada, em com-paração com eles. Na Bí-blia existem profetas ma-iores e menores, mas eu não me sinto nem menor. Embora, os profetas mesmos se sentem pro-fetas? Não sei.

Com tantas questões e preocupações não respondidas, a única resposta e compromisso que eu me sinto capaz é apoiar as pessoas que lutam para que a justiça seja feita e continuar amando de uma maneira especial para os menos favorecidos, para os pobres, para os marginalizados. Pode que seja este o caminho de começar a ser profeta menor hoje. E segundo se vaja passando o tempo e eu vaja amadurecendo, talvez veja outra maneira de ser um profeta.

Por agora continua sendo uma questão e preocupação sem uma resposta muito específica.

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