Essa mesma
atitude teve com os fariseus, porque, embora muitos deles sentiam-se os
perfeitos para cumprirem a Lei, Jesus também lhes ensinou a Misericórdia do
Pai, perdoando à pecadora. Uma pessoa pecadora com um espírito humilde está
muito mais perto de Deus do que um "perfeccionista", -que não é
perfeito, porque não existem- como alguns fariseus acreditavam.
No casamento de
Cana, segundo o evangelho da comunidade de São Joan, Jesus começa a sua missão.
Embora para mim o mais importante são as palavras de Maria: "Façam o que
ele mandar." Além disso concluo: e todo darão o seu fruto. É possível que
o fruto não seja visível, ou é difícil de fazer, mas isso não significa que ele
não existe. O fato de manter-se a alegria e a festa do casamento é um fato
importante que marca para sempre as duas famílias unidas pelo casamento dos
dois protagonistas. Há tantos "milagres" invisíveis que se podem
"saborear"!
De todo jeito,
isto faz me pensar outra coisa, pois a "pedagogia" do ser humano é
receber uma recompensa depois de um esforço. Isto faz lembrar-me de uma das
minhas avós, que nos disse netos: se você vier comigo à Missa, eu lhe convido um
chocolate com bolo. Sempre que eu compartilho esta frase, muita gente me fala
que ela não era uma boa "pedagoga", mas verifica-se que, mesmo sendo
nós adultos queremos uma compensação ou recompensa. O mesmo Pedro perguntou a
Jesus o que iam receber por segui-lo. Isso não justifica que nós sempre tenhamos
que receber algo em troca, mas reflete a necessidade dos seres humanos de
"receber" algo.
Ao mesmo tempo,
eu me pergunto o que Jesus recebeu com o que ele fez? Certamente muitos irão
responder a crucificação, a morte humilhante e com muita dor. E, em parte, eles
estão certos... mas só em parte. Sem negar esse fato e esquecendo neste momento
a sua ressurreição -mas não negando-o- ele se sentiu e foi uma pessoa livre, ao
fazer o que a sua fé no Pai e sua consciência lhe disse. No entanto, se tivesse
sido paralisado pela primeira ameaça, provavelmente ele não teria morrido dessa
maneira, mas ele teria sido amarrado, prisioneiro, mas não no modo
"físico" - ele teria se sentido sem liberdade.
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